Os Malefícios do Catolicismo
Boa parte da situação em que Portugal se encontra agora encontra as suas raízes na época em que Dom João II introduziu a Santa Inquisição no nosso país.
1. A Fuga de Capitais
Com as perseguições que a partir de Dom Manuel foram feitas em Portugal à comunidade hebraica foram criadas as condições que obrigaram os judeus a deslocarem a maioria dos seus "cabedais" (como se dizia na época) para o estrangeiro, sobretudo para os países do norte da Europa, criando aqui as bases de capital para a prosperidade de que ainda hoje gozam e esvaziando a capacidade portuguesa de financiar e organizar empreendimentos no exterior.
2. A Perda do Espírito Empreendedor
Sendo especuladores e empreendedores natos a fuga dos judeus retirou à sociedade portuguesa as suas características mais dinâmicas e activas tornando-a num monstro social passivo e ressentido sempre pronto a colocar no exterior todas as responsabilidades por tudo. Se na raíz do impulso para os Descobrimentos estiveram várias razões de teor económico e religioso o financiamento dos empreendimentos e até o progresso científico esteve nas mãos de muitos judeus. A sua fuga esvaziou Portugal de uma preciosa energia vital cuja falta é hoje observável em tantos aspectos da vida portuguesa contemporânea.
3. A Vingança
Muitas das famílias judaicas que foram perseguidas, expulsas ou que foram vítimas da "Santa" Inquisição e que acabaram por encontrar refúgio nos países do norte da Europa (sobretudo na Holanda) viriam a alimentar um forte sentimento de ressentimento contra o país que os expulsou e assassinou os seus familiares.
O princípio do fim do Império Português coincidiu com os primeiros ataques de corsários ingleses e holandeses a navios portugueses da Rota do Oriente, seguidos pouco depois pelas primeiras ocupações de feitorias portuguesas na Ásia e pelas expedições frustadas contra Angola e o Brasil. Todas estas actividades exigiram uma grande concentração de capital e este estava em grande medida nas mãos dos mesmos judeus que a sanha católica tinha expulso de Portugal e que assim encontraram forma de vingar - justamente - as perseguições contra eles lançadas.
4. O Receio pela Diferença e da Inovação
Provavelmente o maior dano jamais provocado pelo catolicismo a Portugal foi o sentimento de receio pela Diferença, Inovação no Pensamento que existe imanente em todos os portugueses e que gravada na memória colectiva de Portugal por muitos séculos depois do fim da actividade da Inquisição em Portugal. O virus entao inserido na Alma Portuguesa haveria de chegar ate hoje, e a opressao pesada do Salazrismo com uma censura omnipresente e mais sentida do que real (o que é infinitamente mais danoso, porque implica uma interiorização do Sentimeno e não mais uma impressão exterior) levaria Portugal à triste situação em que hoje se encontra.
5. O Medo pelo Estado
A Inquisição Católica sempre dependeu do chamado "Braço Secular" para fazer aplicar as suas vis "cristãs" torturas e execuçðes pelo fogo. O "Braço Secular" era o do Estado, obviamente. Posteriormente, em pleno sêculo XX Portugal conheceu o segundo grande momento castrador da sua História no Salazarismo, onde de mão dada com a Igreja Católica se haveria de cometer o segundo grande crime contra a grandeza dos destinos de Portugal com a instauração da Censura e da PIDE, ávidas por perseguir e fazer calar todos aqueles que se erguessem contra o Beatismo feito Regime e Religião oficial do Estado português. O receio provocado na Alma Portuguesa por sobressair, por "chamar a atenção à PIDE" haveria de se infliltrar subliminarmente em todos nós e seria o causador da Inveja, sentimento colectivo que tanto dano causa, porque critica negativamente a acção e convida ao imobilismo que tanto era apreciado por Salazar e pelos seus pares políticos contemporâneos e que hoje se faz sentir de forma particularmente intensa na acção bloqueadora dos Lobbies de interesses (Advogados, Juízes, Médicos, Funcionários Públicos, ec.) que se movem sempre para defender a manutenção do Status Quo que mantém Portugal um país atrasado e retrógado.
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