O Quinto Império: "melting pot"
O multiculturalismo do Quinto Império nada tem que ver com o suposto "melting pot" dos Estados Unidos. Multiculturalismo implica respeito e tolerância pelas culturas alheias e só pode existir respeito e tolerância se existirem culturas exteriores. Roma soube respeitar as culturas dos povos que conquistou tolerando as suas crenças religiosas sempre que estas respeitassem a administração e as leis romanas, o mesmo fizeram os portugueses até ao advento do fanático católico que foi Dom João II. Multiculturalismo não deve ser confundido com aculturação. Uma cultura suficientemente desenvolvida não pode ser fácilmente anulada e se um invasor pretender anular uma determinada cultura de um país estrangeiro que ocupa ou sobre o qual exerce uma forte influência acabará por criar contradições internas nessa cultura tão violentas que forçosamente acabarão por provocar uma explosão de violência, tanto mais intensa, quanto mais forte fôr a tentativa de aculturação.
A riqueza que advém dos intercâmbios culturais só pode existir enquanto existirem culturas diversas que possa interagir e o presente rumo do processo designado de "globalização" tende a anular as diferenças entre culturas, misturando tudo e todos numa amalgama imperceptível e disforme a que os crentes liberais de serviço chamam de "cultura global", mas que na realidade mais não é do que uma versão abastardada da cultura americana. As crianças etiopes que têm camisolas do Eminen, os nativos que combatem contra o imperalismo javanês em Irian Jaya com espingardas Kalashnikov russas e os índios amazónicos de calções Adidas são alguns dos símbolos desta abastardamento cultural que nos querem impôr como norma e como única via para um futuro que se apresenta cada vez mais incerto e cinzento.
A riqueza que existe na coexistênica pacfica de uma miríade de culturas diferentes é a verdadeira essência de um Quinto Império que não será português, mas universal. O Quinto Império deverá acolher no seu seio um conjunto de nações diferentes e independentes, oriundas de diversos continentes e religiões. Neste aspecto, Portugal ser apenas o percursor de um Quinto Império cujo âmbito se estenderá a todo o planeta Terra, numa verdadeira e perfeita "União Mundial" almejada desde sempre por Alexandre Magno, César e Napoleão, com diversos graus de mérito e honra.
O papel de percursor de Portugal advém da História de Portugal e da marca indelével que deixou no Mundo. Os países que ainda hoje usam o português como língua oficial estão particularmente bem posicionados para se colocarem como pioneiros desse movimento de unificação mundial que será o Quinto Império, única alternativa positiva ao processo neoliberal e ultraconservador que se oculta sob a designação "Globalização".
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