O sistema "Domus", a célula económica fundamental
Poder e Instituições na Europa do Antigo RegimeColectânea de textos
(organizada por António Manuel Hespanha)
P.33
"(...) ao contrário do que hoje acontece, o político inscrevia-se no seio das próprias relaçðes de produção. Ou seja, na antiga unidade sócioeconómica europeia - a "casa" (das ganze Haus), o chefe (Haus-herr, paterfamilias) é, ao mesmo tempo, o titular de poderes de direcção sobre os agentes produtivos (os membros da famïlia, na sua acepção de consanguíneos, agnados ou serviçais, poderes que a teoria da época designava por "poderes económicos" (i.e., relativos à casa, oikos), mas que coenvolviam atribuições que hoje designamos de "políticas"."
Comentário:
Existe no actual regime pós-revolucionário (ou seja, resultante da Revolução Francesa de 1789) uma suposta, falsa e hipócrita separação entre os poderes políticos e económicos. A hipocrisia está em supôr que a separação é possível, o que não é, sobretudo numa sociedade tão economicista como a contemporânea e depois do colapso dos regimes comunistas que serviam de foco ideológico para ambos os lados do muro de Berlim. A falsa separação entre os dois poderes favorece fenómenos como a massificação da corrupção, o nepotismo, o favorecimento sistemático dos grandes grupos económicos. O reconhecimento da comunhão dos dois poderes e o recentramento da Sociedade na Família ("Domus, lat. Casa") em lugar da Empresa iria aumentar a coesão, a estabilidade económica e a responsabilidade social da unidade básica de produção. Ideal para entidades empresárias de pequena e média dimensão, o sistema "Domus" permitiria reduzir o desemprego e aumentar a eficiência da economia dado que desde os trabalhos de Schumaker na década de 60 que se sabe que "small is beautifull", isto é, que uma pequena organização é economicamente mais eficiente que uma grande. Obviamente, em alguns sectores chave como a produção de energia eléctrica, as ferrovias, as vias rodoviárias, a indústria de Defesa, etc. a grande dimensão, em virtude da necessidade da necessidade de reunir grandes volumes de capital.
Existe no actual regime pós-revolucionário (ou seja, resultante da Revolução Francesa de 1789) uma suposta, falsa e hipócrita separação entre os poderes políticos e económicos. A hipocrisia está em supôr que a separação é possível, o que não é, sobretudo numa sociedade tão economicista como a contemporânea e depois do colapso dos regimes comunistas que serviam de foco ideológico para ambos os lados do muro de Berlim. A falsa separação entre os dois poderes favorece fenómenos como a massificação da corrupção, o nepotismo, o favorecimento sistemático dos grandes grupos económicos. O reconhecimento da comunhão dos dois poderes e o recentramento da Sociedade na Família ("Domus, lat. Casa") em lugar da Empresa iria aumentar a coesão, a estabilidade económica e a responsabilidade social da unidade básica de produção. Ideal para entidades empresárias de pequena e média dimensão, o sistema "Domus" permitiria reduzir o desemprego e aumentar a eficiência da economia dado que desde os trabalhos de Schumaker na década de 60 que se sabe que "small is beautifull", isto é, que uma pequena organização é economicamente mais eficiente que uma grande. Obviamente, em alguns sectores chave como a produção de energia eléctrica, as ferrovias, as vias rodoviárias, a indústria de Defesa, etc. a grande dimensão, em virtude da necessidade da necessidade de reunir grandes volumes de capital.
<< Home