Blogue do Movimento Quintano

Tema: Quinto Império enquanto destino de Portugal e do Mundo

Proposta prática para a refundação do Quinto Império de Vieira, Agostinho e Fernando Pessoa.

"Portugal será um dos países condutores do Mundo" Agostinho da Silva

sábado, fevereiro 25, 2006

Agostinho da Silva: "A Europa não presta para nada"

"...A Europa não presta para nada, a Europa não se entende, porque se está a querer fazer uma coisa nova numa trapalhada velha... São aqueles Estados centralistas do Luíx XI, e aquela coisa toda... O que se deve é chegar a outra coisa muito mais importante: à liberdade cultural de cada homem! Já não se trata de esta região ou aquela ser desta ou daquela maneira: trata-se de ser à sua maneira cada pessoa! Temos de levar o mundo a um tal tipo de organização que permita a identidade cultural de cada homem, sem sofrer nenhuma espécie de atropelo."

Agostinho da Silva: Ir à Índia sem Abandonar Portugal; Considerações; Outros Textos

Por "Europa" Agostinho não se referia directamente nem aos povos que compoem o Continente, nem sequer as suas Nações, mas a União Europeia que agora tenta vestir o nome "Europa", com dignidade e autoridade duvidosa. É à União Europeia verdadeira caótica manta de retalhos onde cada retalho tenta imprimir uma maior força centrífuga à rotação do todo em torno da eurocracia de Bruxelas que Agostinho da Silva critica. O professor não reconhece numa Europa de interesses contrários e egoístas a viabilidade para a construção de um verdadeiro modelo europeu de Futuro, e nós também não... Esta Europa não passa de uma Federação de interesses de uns poucos, que serve escassos à custa dos muito, sacrificando o Sonho dos pais fundadores da CECA.

Agostinho acreditava que o verdadeiro núcleo de uma Europa recentrada sobre si mesma, e humanizante e não maquinista estava muito mais no Homem, do que no "Estado". Defendia assim uma descentralização absoluta, reduzindo os níveis multiplos que separam o cidadão do decisor e a armação política que ergueram em torno de nós para nos afastar da política e tornar a Democracia cada vez mais "representativa" e menos "participativa".

 
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